quarta-feira, 9 de março de 2016

Velejando na Ilhabela











Olá a todos!


Hoje resolvi falar um pouco da minha experiência de velejar na Ilhabela. Antes de falar da  Luna, vou contar um pouco sobre as minhas experiências anteriores.

A primeira vez que velejei na Ilhabela, foi a bordo de um grande veleiro de um amigo meu, o Bruno. Foi uma experiência incrível, pois até então eu só tinha feito algumas velejadas na Guarapiranga, à bordo de um Daysailer, desse mesmo amigo meu, onde tive o primeiro contato com o mundo da vela.

Neste veleiro, um Fast 40, batizado de Travessura, fizemos inúmeras velejadas na Ilhabela, no canal, para Castelhanos, para Juquehy, para Santos e para o Rio. Uma vez até participamos da regata de Alcatrazes na semana de vela. Aí aprendi muito sobre velejar, sobre navegar, ancorar e a viver à bordo, graças aos ensinamento do Bruno. Claro que com um veleiro desse porte, muito se faz com o uso do motor, que é de grande ajuda e conforto.

Depois foi a vez do windsurf. Velejar de windsurf é estar totalmente exposto às condições climáticas, sentir a direção do vento na cara, as ondas, a correnteza e o tráfego náutico ao seu lado. Normalmente se veleja com ventos de 15 nós para cima e a adrenalina corre solta. Na Ilhabela, os locais do windsurf são a Ponta das Canas e a praia da Armação para o vento leste, e a praia do Engenho ou o Perequê para o vento sul. O que logo se percebe velejando de windsurf é a correnteza, que a cada queda te leva para além de sua posição, além do efeito do vento também. No caso da Ilhabela, o canal gera uma correnteza forte e você deve lidar com ela constantemente.

Com toda essa experiência anterior e paixão pela Ilhabela, é claro que queria levar a Luna para lá e velejar com ela. A grande brincadeira de um barco como a Luna, é não usar o motor,  e para isso temos os remos e o modo como o barco foi desenhado para ter um desempenho razoável no remo e na vela.

Bom finalmente, em julho do ano passado consegui levar a Luna alguns dias para a Ilhabela, por acaso na época da Semana de Vela. Tivemos dois dias de velejada com poucos ventos e irregulares, mas foram velejadas deliciosas.


Velejada 01: Praia da Siriúba



No primeiro dia fomos para a Siriúba. Havia um vento leste fraco, e a Siriúba dá condições fáceis de colocar o barco na água, pois permite o acesso com o carro para levar a carreta atá a areia.

Saímos com um vento fraco, mas constante velejamos por um bom tempo, mas na volta pegamos a correnteza contra, que estava forte, ao mesmo tempo que o vento parou. Comecei a remar, mas tivemos dificuldade em avançar contra a correnteza. O Bruno, com seu bote, nos deu uma carona de volta à Siriúba. Chegando lá o vento voltou, e velejamos mais um pouco, aí sim, sem problemas com a correnteza, pois tinhamos potência suficiente.








Tempo: 2h30min.
Distância: 3,3 M.N.
Velocidade média: 1,3 nós
Velocidade máxima: 3 nós





Velejada 02: Praia do Engenho


Neste segundo dia de vela, havia entrado um vento sul e fomos para a praia do Engenho. Excelente acesso, porque tem um estacionamento de um antigo restaurante, ao lado da praia. Montamos a Luna e saímos numa velejada bem tranquila, observando a regata passando e aproveitando o bom vento de sul.


Os ventos sul, são bons pela regularidade e velocidade constante, deixando a velejada bem previsível. Levamos a criançada junto e foi muito divertido. Logo apareceram nuvens de chuva e resolvemos voltar para a praia. Enquanto desmontava o barco,  apareceu um pessoal que reconheceu a Luna aqui do blog. Um pessoal de Itajaí que também constrói veleiros de madeira. Foi muito bacana conhecê-los e dividir nossas experiências.


Tempo: 45 min.
Distância: 1 M.N.
Velocidade média: 1,3 nós
Velocidade máxima: 4 nós




Em resumo, velejar na Ilhabela é muito bom, não é a toa que é a capital da vela. A paisagem é maravilhosa, há muito lugares para sair e chegar com o barco, e é um local para muito se aprender velejando. Com os barco pequenos e suas limitações é importante evitar a velejada em áreas de tráfego intenso de embarcações, como a travessia de balsas. É sempre importante observar o vento e a correnteza para usá-los a seu favor na sua navegação. Eu acredito cada vez mais, que é bem mais interessante velejar uma rota determinada do que apenas velejar a esmo. Claro a segunda opção é bem mais tranquila, mas a primeira é bem mais desafiadora e traz um conhecimento que te dará liberdade para velejar mais longe aproveitando mais a sua embarcação.

Meu sonho seria dar a volta na Ilhabela com a Luna, em uma viagem de dois ou três dias. Antes preciso fazer viagens menores, de um dia, para ganhar experiência. Talvez uma viagem em um local com menos correnteza, como de Paraty até o saco Mamanguá. Quem sabe...


Bons ventos e até a próxima!








terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Escrevendo melhor sobre vela e construção naval.

Parece que cada vez está mais difícil atualizar este blog. Faz três meses que eu escrevi aqui da última vez.


Após todo esse tempo sem escrever aqui, ao menos tive um pouco de tempo para refletir sobre minhas postagens aqui. Postar toda vez sobre uma velejada na Guarapiranga parece ser um pouco monótono. Seria mais interessante escrever sobre questões mais interessantes.
Decidi que a partir de agora, postarei sobre velejar em um local específico, comentando como é velejar em tal local, tentando descrever a minha experiência no local, e sobre questões de manutenção e melhorias.
Portanto além dessa postagem, farei uma sobre a Guarapiranga e outra sobre a Ilhabela. Já velejei também em Tarituba, mas acho que minha postagem sobre essa velejada já traz a informação suficiente.

Para fechar essa postagem, farei um resumo das minhas reflexões sobre os últimos dois anos.

A princípio posso dizer que as velejadas durante o ano, não foram na quantidade que eu desejei, ao menos uma vez ao mês.
Meu desejo de fazer uma velejada com rota de um lugar a outro, também não foi realizado. Uma meta que requer mais planejamento e que eu pretendo alcançar neste ano.

Com o fim de ano e tudo acabei por fazer uma revisão das velejadas de 2015 e 2014.

Eis o resumo:


  • 2014:
    • 6 velejadas na Guarapiranga;
    • 1 velejada em Tarituba;
    • Um pique da vela perdido e reposto;
    • Cabeça do leme quebrada.
  • 2015:
    • 4 velejadas na Guarapiranga;
    • 2 velejadas na Ilhabela;
    • Cabeça do leme reparada.
  • Resoluções para 2016:
    • Velejar 1 vez ao mês;
    • Velejar mais fora de SP;
    • Fazer uma viagem com o barco;
    • Manutenção do barco;
    • Melhorias no sistema de controle da vela.
Vamos ver se estou muito otimista ou não para cumprir as metas deste ano.

Bons ventos a todos!!



domingo, 11 de outubro de 2015

Velejada 12

Olá a todos!

Estou bem atrasado em atualizar o blog com as últimas velejadas. Nossas últimas 3 tentativas de ir velejar na Guarapiranga não deram certo. O clima não nos tem ajudado nos dias escolhidos e ou está chovendo, ou não tem vento, ou está calor demais. Bom nunca é tarde e aqui coloco mais uma das velejadas com a Luna, a penúltima. Quero veer se já consigo colocar em breve a última que foi muito especial na Ilhabela.

Essa foi no primeiro fim de semana de Junho. Pegamos um dia com clima ideal, sol, temperatura bem agradável e excelente vento, na casa dos 7 - 10 nós NO. Mais uma vez fizemos uma linda velejada na Guarapiranga saindo do Pêra.

Saímos num través descemos até a Ilha "dos caras" como a Paulinha a chamou, contornamos a ilha e subimos no contravento. Conforme o vento diminuiu e as meninas começaram a demonstrar seu cansaço, voltamos para o Pêra. No total não foi muito tempo, mas mesmo assim foi fantástico.


Distância: 4,4 milhas náuticas
velocidade média: 2,6 nós
velocidade máxima: 4 nós
Tempo: 1h40min.


Abaixo deixo fotos e vídeos!

Até a próxima!!





































quinta-feira, 14 de maio de 2015

Velejada 11 :: remo e vela

Mais uma velejada com Luna na Guarapiranga.

Dessa vez fomos num dia calmo, sábado 04 de abril, muito sol, um dia bem gostoso. Chegamos cedo e não havia vento. Resolvemos colocar o barco na água e remar. A represa estava um espelho e totalmente cheia. O espaço para montar o barco estava bem reduzido.
Saí remando, éramos dois no barco, eu e a Julie. O barco rende bem e sem vento e ondas nos movemos rápido pela represa. Fizemos um passeio muito gostoso curtindo o dia, o visual e o silêncio no meio da represa. Nunca havia feito um passeio remando, sempre estamos velejando e gostamos muito da experiência. O barco é muito bom no remo. Remando em um ritmo bem constante para não cansar, remamos por 1h10min e cumprimos uma distância de 2,1 milhas náuticas, o que nos deu uma velocidade média de 2 nós, de acordo com o GPS.
Voltamos para a Marina, almoçamos e descansamos um pouco. Logo depois começou a entrar um vento, um noroeste bem calmo. Ficamos naquela indecisão se montávamos a vela para uma velejada ou não. Não me aguentei e convenci a Julie a voltarmos para a água.
Vela montada, tudo pronto, saímos com esse noroeste que estava fraco, mas víamos vários veleiros na água, situação oposta de quando estávamos remando. Após uns 10 minutos na água, o vento parou totalmente. Todo o esforço de montar a vela e voltar para a água parecia ter sido em vão. Começamos a remar para voltar, quando entrou o vento de sudoeste já com uns 5 nós e aumentando e aos poucos rondando para sul. Guardamos os remos caçamos a escota e fomos embora curtindo o vento. Aos poucos o vento foi aumentado e logo já estava a 10 nós, começando a dar trabalho para velejar. Resolvemos então voltar para a Marina, afinal conseguimos curtir o vento e o cansaço da remada já pesava também. Voltamos bem e rápido e encerramos nosso dia tranquilamente com uma bela tarde.
Percurso na vela:
1,9  milhas náuticas; velocidade média 2,3 nós; velocidade máxina 4,5 nós; tempo 1h.

Até a próxima!













sábado, 21 de março de 2015

Velejada 10 :: Primeira velejada 2015

Depois de um bom intervalo desde a última velejada, voltamos à água.

Nossa pausa se deveu a algumas questões:


  1. Reparo da cabeça do leme;
  2. Fim de ano;
  3. Viagem de férias.
Retornando ao cotidiano, logo veio a vontade de velejar e testar o reparo do leme. Buscando a opção mais rápida para velejar, o primeiro pensamento foi a Guarapiranga. Como na nossa última velejada por lá encontramos uma represa baixa e com dificuldades para entrar, esperamos que o nível subisse um pouco. Após ir um dia somente ver como estava o nível, me pareceu suficiente para voltar, e assim o fizemos no dia 22/02.

Dia bonito, sem previsão de chuva e com vento fraco. Entramos cedo, com vento NO de 4 nós. Fizemos uma ótim velejada, Luna velejando bem, navegando não muito longe da marina, manobrando bastante para velejar em várias condições e ficando na região onde havia mais vento. Aos poucos o vento foi rondado para S e ganhando força. Ao final quando voltamos, depois de 2 horas de velejada, o vento já era S com 7 à 8 nós, com muitos veleiros na água.

Com a represa já mais cheia, o prazer de velejar na Guarapiranga, aumenta. O vento sempre aparece, com rajadas para deixar qualquer velejador safo com escota numa mão e cana de leme na outra. A quantidade de veleiros na água sempre anima também. Se houvesse um pouco mais de cuidado na preservação da represa, eliminando o esgoto que é jogado na represa e se a população tivesse mais cuidado com o lixo, teríamos uma água bem mais limpa e uma represa menos assoreada.

Demorei um mês para postar, já que o blogger estava com um problema de uso. Agora tudo está normalizado. Gostaria de ir velejar agora, mas acho que isso só acontecerá semana que vêm, quando eu estiver melhor do resfriado que peguei.

Dados do GPS:

Tempo: 2h04 min.
Distância: 4,1 milhas náuticas
Velocidade média: 2 nós
Velocidade máxima: 4 nós

Abaixo deixo algumas fotos e vídeos.

Bons ventos e até a próxima!















quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Velejada 09 :: Tarituba

Após 8 velejadas na represa, já era hora de levar a Luna para o mar. A oportunidade apareceu através de um convite de outro velejador, André Basso, para um encontro de vela, o Encontro de Vela Pop. Um grupo muito legal de entusiastas da vela; no melhor estilo faça você mesmo com criações supreendentes, de veleiros desde madeira tipo pram até trimarans desenvolvidos sobre caiaques. Simplesmente fantástico!

Deixo o link do face para quem quiser conhecer mais:

Tarituba é uma bela praia no Rio de Janeiro, entre Paraty e Angra dos Reis. Um lugar lindo formado por um Saco com ilhas na frente, formando um local bem abrigado para velejar e remar.
Longe de Sampa, 350 km tivemos uma longa viagem que serviu de teste também para a carreta da Luna.




Saímos após o almoço e em 6 horas de estrada chegamos lá cerca das 20h. A viagem foi tranquila sem nenhum incidente. Luna e sua carreta foram muito bem.

Chegando na pousada, encontramos o André voltando da praia, depois de uma rápida velejada com o Sussa, seu belo veleiro tipo Pram.




No dia seguinte um bom café da manhã e mãos a obra para colocar a Luna na água. O pessoal do encontro já estava na praia montando seus veleiros e saindo para a água.
A previsão do dia era de pouco vento, com chuva ao final do dia. Assim foi.
Saímos com zero vento e preferimos remar para passar os barcos ancorados e sair de perto da praia em procura por uma brisa.






Logo a brisa entrou e velejamos um pouco pela baía vendo o outros veleiros. O vento seguia fraco e saímos rumo a Ilha do Breu, uma pequena ilha em frente. Remamos até lá, aproveitando para treinar as remadas. Eu e a Julie remamos aprendendo a colocar o barco em velocidade constante. A Luna vai muito bem no remo, fizemos uma média de 1,5 nós, o que me pareceu bem razoável pelo esforço tranquilo de remar e considerando que o leme causa um arrasto. Quando eu forçava mais o ritmo cheguei facilmente a 2 nós. Gostei como a opção do remo para a Luna funciona bem na falta de vento.





Próximos a Ilha do Breu uma brisa entrou. Demos a volta na Ilha e voltamos para a baía. Nisso o pessoal estava aproveitando a brisa que aumentava para ir para a Ilha do Pelado um pouco mais adiante. Seguimos neste rumo e com o vento de través ganhamos velocidade chegando a 3 nós com picos de 4 nós. Rapidamente chegamos à ilha onde paramos por cerca de uma hora, par descansar e conversar com os outros velejadores.









O vento aumentou, as ondas cresceram e saímos da ilha com a ideia de pegar um vento forte e fazer um rápido retorno à Tarituba. Um pouco preocupado que as meninas (Paula e Julie) não se apavorassem com uma situação muito intensa.
No entanto, a volta aconteceu bem diferente. Saímos e logo o vento começou a diminuir.  Perdendo velocidade, optei por arribar um pouco mais para ganhar velocidade e dar um bordo quando me aproximasse do continente para ganhar altura, e continuar arribado. No entanto eu não considerei as ondas e quando dei o primeiro bordo, perdemos muita velocidade por ir contra as ondas. O vento seguiu diminuindo, o que complicou mais. Por sorte a Luna tem um bom perfil e vai bem contra as ondas. No entanto a pouca velocidade me impediu de dar o bordo novamente e tive que dar um jibe, o que custou mais, pois perdemos distância que já havíamos ganhado.
Com menos vento e as ondas nos levando para as rochas, comecei a remar novamente.
Assim remei por um bom tempo até chegar ao saco de Tarituba. Lá um vento entrou novamente. Um vento rajado da chuva que se aproximava. Aproveitamos um pouco ele, e por fim remamos para passar pelos barcos ancorados novamente e chegar a praia.
Tudo perfeito e ótimo até puxar o barco para fora d'água. Numa bobeada nossa a cana do leme ficou para fora do barco e ao puxarmos, ela enterrou na areia fazendo uma alavanca e quebrando a cabeça do leme. Um pequeno deslize que fica como aprendizado para a próxima.


À parte deste acidente a velejada foi fantástica! Conhecemos uma turma muito legal, que compartilha do mesmo entusiasmo e camaradagem que é característico do mundo da vela.


Descobri para minha alegria, que a Luna é um projeto feito para o mar, que é muito confiável e o fato de poder remar bem nela, a faz um barco para pequenas viagens de um lugar ao outro sem medo de ficar sem vento ou ter que contar com um motor. É a união da força dos ventos com a força dos braços mudando o aspecto do esporte que se torna um híbrido entre vela e remo. Outra coisa bacana foi remar com a ajuda da vela, em alguns momentos foi possível. Com o vento de través ou empopado a remada fica super leve e fizemos dois nós com muita facilidade.
No dia seguinte tomamos café e voltamos. Novamente tudo bem na estrada. Somente já aqui em São Paulo, levando o barco para sua casa, as ruas esburacadas e de paralelepípedo conseguiram fazer a porca que trava o plaqueiro soltar e este cair. Na hora ouvi, ia devagar, parei. Procurei a porca pela rua, encontrei, coloquei de volta e pude chegar a salvo.

Percurso: 5,6 milhas náuticas;
Tempo: 5h13min.
Velocidade média: 1,4 nós. (sem considerar o tempo parado na Ilha do Pelado - 1h)
Velocidade máxima: 4 nós.

Saldo da viagem:

  • Conhecemos uma turma fantástica;
  • Julie foi promovida a imediato. Manejou o barco e remou;
  • Paula aguentou toda a viagem muito bem, e ganhou a medalha do encontro de maruja pop!
  • Cabeça do leme quebrada;
  • Conector das luzes do reboque falhando.


Valeu muito a pena!!!

Agora vai ser difícil voltar para a represa. Antes aos reparos do barco.

Abaixo deixo um vídeo feito pelo André Basso que resume bem todo o encontro e velejada.


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Velejada 08

Essa última velejada foi bem intensa e uma prova para Luna em ventos fortes.

Fomos velejar na Guarapiranga. A previsão de ventos era forte, 14+ nós, chegando a 17 nós nas rajadas.

Para testar a Luna nas condições de vento com segurança, montei a vela sem o pau de espicha, deixando a vela menor. Essa é a configuração da vela para ventos fortes.

Entramos na água, que aliás está com o nível cada vez mais baixo.

Vento forte, saímos em grande velocidade com as ondas vindo um pouco de lado. Como o vento estava de sudeste, mais para leste, saímos bem arribados, mas já sabia que a volta seria mais difícil contra o vento.

Fomos com bom controle do barco, que manteve bem o rumo e a vela estava adequada para a força do vento. Quando entravaram as rajadas mais fortes, eu deixei a vela abrir um pouco mantendo o equilíbrio do barco em sacrifício da velocidade.

Cruzamos a represa e chegamos ao primeiro braço na margem oposta. Lá ficamos um pouco mais abrigados do vento e aproveitamos para cambar e voltar rumo à marina.

Na volta contra o vento, voltamos um pouco mais devagar, com as ondas por estibordo levantando um um pouco de spray de água. Como o barco inclinava bem com as ondas, preferi a cada onda grande, virar o barco um pouco mais a estibordo para que as ondas não atingissem o barco na lateral, mas mais em diagonal. Isso melhorou bem a estabilidade do barco.
Ao final chegamos bem e saímos da água. Por mais que fizemos essa volta bem e em segurança, o vento muito forte não permitia desfrutar do passeio.
Levamos cerca de uma hora em nossa volta.

Em resumo foi um bom teste para ver o comportamento do barco em ventos fortes e para a tripulação experimentar uma velejada mais intensa.
O resultado foi muito bom, ganhamos confiança no barco para aventuras marítimas e em geral o barco ficou seco, entrando muito pouca água dos sprays, molhando mais a tripulação do que o próprio barco. A segurança do barco e sua estabilidade foram boas permitindo a tripulação desfrutar do serviço de bordo; sanduíches e água.

Distância: 3 milhas náuticas
Velocidade média: 2,8 nós.

Ficam duas fotos pós velejada, dia bonito e com muito vento.

Até a próxima!





domingo, 31 de agosto de 2014

Velejada 07


Esse sábado fiz mais uma velejada na Guarapiranga.

A represa está mais baixa, o que é comum para essa época do ano. Nada que possa interferir na velejada.

Fui sozinho, entrei na água por volta do meio dia. Vento sudeste 6 a 7 nós, vento excelente para subir no contra vento até o fundo da represa e voltar arribado.

Saí em direção ao fundo da represa, velocidade média de 2 nós. Represa com bastante veleiros dia dia sol, com o vento fresco equilibrando a temperatura.
De repente o vento praticamente parou. Sem velocidade para o contra vento, dei meia volta e fui retornando devagar, mísero 1 nó.

Aos poucos o vento voltou, dessa vez mais forte chegando a 10 nós. Outra meia volta e novamente com o destino inicial, me aproximar da grande ilha dos eucaliptos, próximo ao Solo Sagrado.

Com esse vento consegui uma velocidade média de 4 nós e rapidamente cheguei ao meu objetivo.  Que velejada! Jogando com meu peso mantendo o equilibrio do barco e no controle fino de vela e leme, Luna ganhou desempenho. Agora tenho claro que, diferente dos veleiros de mastreação marconi, Luna com sua vela quadrada não rende muito se aderna, sempre tem que tentar mantê-lo o mais reto possível. Não sei se é simplesmente uma questão de mastreação, ou também do formato do casco.
Após me aproximar da ilha, dei o bordo, peguei um través um pouco arribado e aí sim, Luna acelerou chegando a estáveis 5 nós, fazendo espuma na água. Ainda nao tinha visto isso, mas foi muito legal.
Depois alinhei meu rumo de volta à marina, que era com o vento mais empopado. Voltei com uma média de 4,5 nós e rapidamente estava já na aproximação final. 

Sem dúvida foi a velejada que cubriu a maior distância com uma boa velocidade média depois da calmaria.

Distância: 6,7 milhas náuticas.
Velocidade máxima: 5 nós
Velocidade média total: 2,4 nós
Velocidade média após calmaria: 3,4 nós
Tempo: 2h40 min. 

Deixo duas fotos do final.

Até a próxima!






domingo, 6 de julho de 2014

Velejada 06

Domingão, clima ótimo vento perfeito para um belo dia de velejada.

Saí de casa de manhã, às 12h estava entrando na água. Vento 10 nós para mais.

Luna se comportou muito bem. Hoje velejei sozinho. Senti muito o barco e testei mais ele. Com esse vento o barco foi muito bem, orça, través, empopado, de popa de uma lado, do outro foi muito bom.

Verifiquei como o veleiro tem um ótimo controle e não aderna muito. Quando ele aderna mais perde um pouco a força pela posição da vela.

Nessa primeira sessão foram:

2h10min;
Velocidade máxima: 5.6 nós;
Velocidade média: 3.1 nós;
Distância percorrida: 6.7 milhas náuticas.

Fiz uma parada, para repor as energias, lanche, e o vento nessa hora havia diminuído. Caiu para 5 a 8 nós.
Fiz uma segunda sessão. Mais tranquilo, menos vento apreciando os vários veleiros por aí. havia uma regata geral entre clubes. Mais uma vez vi o veleiro Star de madeira. Lindo!

Velocidade máxima: 4.5 nós;
Velocidade média: 2.1 nós;
Distância percorrida: 3.1 milhas náuticas.

Em geral valeu muito. Estudei muito o comportamento da vela e sua melhor posição para cada navegada. Por ser uma vela quadrada ela se comporta de maneira diferente da vela triangular. Realmente o barco sofre um pouco na orça, a não ser que haja muito vento. Talvez uma buja ajude ele a orçar mais.

Como foi velejada solo, fica uma foto do fim de tarde na represa Guarapiranga.

Até a próxima!


domingo, 15 de junho de 2014

Quinta Velejada

Finalmente, após quase dois meses construindo um novo pique para a vela, voltamos a velejar. Na Guarapiranga, vento noroeste fraco, clima excelente, testamos o novo pique e tudo deu certo. No final dei uma volta sozinho, para sentir um pouco mais como é velejar solo com a Luna. No final com pouquíssimo vento, voltei no remo. Foi bem tranquilo, medi no GPS a velocidade de 2,5 nós no remo. Imagino que sem o leme e a vela em cima, deve chegar a uns três nós de velocidade no remo.

Duração: 2h20min
Distância: 3.3 Milhas Náuticas
Velocidade máxima: 4.1 nós
Velocidade média: 1.4 nós

Abaixo ficam as fotos e vídeos.

Até a próxima!